Recordações de um Marinheiro em Timor
A alteração drástica da vida em Timor não ocorreu imediatamente a seguir ao 25 de abril de 1974, conforme «As Recordações de um Marinheiro». Demorou algum tempo até que Timor fosse atingido pelo facciosismo político dos que se procuravam instalar dominando pela força das armas, em vez da força e do valor das ideias livremente aceites por cada um. O ambiente adulterou-se gravemente e a vida dos que sobreviveram passou a ser um inferno de lutas fraticidas. Vale a pena percorrer os elementos objetivos do livro para se aquilatar da violência que se instalou e da tremenda crise que viria a dar lugar à invasão da Indonésia que, pela saída dos portugueses, sentiu a «porta aberta». Foi lamentável que uma presença portuguesa iniciada em 1515 tivesse acabado dessa forma. As «Recordações de um Marinheiro» constituem, também por isso, um excelente elemento de reflexão. E, de facto, foi também a serena, embora tardia, reflexão da população portuguesa e do seu sentimento genuinamente amigo do povo timorense que fez gerar uma enorme e saudável onda de apoio à independência de Timor, já no extinguir do século XX.
«Trata-se de um relato circunstanciado e presencial sobre os últimos dias do Timor português, vivido intensamente pelo autor que, como afirma no intróito, foi «o único oficial chegado antes do 25 de Abril de 1974 a estar presente na ilha de Atauro após a saída do Governador de Díli».
Editor: Comissão Cultural da Marinha
Edição: 2012
Autor: José Luís Leiria Pinto
ISBN: 9789898159533
Encadernação | Capa mole |
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N.º de páginas | 71 |
Dimensões | 24 x 17 x 0,5 cm |