Angola e a Independência
- O golpe de Estado protagonizado em 25 de Abril de 1974, por vasto número de militares, maioritariamente pertencentes ao Exército, constituiu a força motora para Portugal acertar contas com a História, procedendo à transferência e entrega do poder nas antigas colónias portuguesas às lideranças dos seus povos.
EXCERTOS
No discurso de encerramento da cimeira [de Alvor], o PR [Gen. Costa Gomes] congratulou-se com o fim de um capítulo “que forças retrógradas prolongaram injustamente”, elencando de seguida as etapas conducentes à declaração de independência a 11 de Novembro de 1975. Reconheceu os três ML como os legítimos representantes do povo angolano e apelou à sabedoria dos dirigentes para saberem encontrar “soluções angolanas autênticas”. (Pág. 137)
[Agostinho Neto]
Afirmou ainda que “o elemento fundamental para o êxito da luta de libertação foi finalmente adquirido e não consentiremos mais que as divergências não fundamentais sejam transformadas pelos nossos inimigos em disputas graves”. (Pág.138)
O Alm. Rosa Coutinho refere ao cônsul-geral dos EUA em Luanda as suas impressões sobre o Acordo de Alvor. Considerou-o como o melhor que poderia ter sido conseguido, dado o espírito de cooperação entre os ML não ser muito sólido, mas seria o bastante para trabalharem em conjunto. Acreditava que o mecanismo de governo acordado deveria perdurar por uns quantos meses, até à independência. (Pág. 140)
Henry Kissinger dá instruções ao seu consulado-geral em Luanda para, em nome do povo e do governo norte-americano, manifestar satisfação pelo sucesso das conversações que “levaram à formação do governo destinado a conduzir Angola durante o período de transição até à independência”, e reforçar a ideia de cooperação futura entre os povos dos EUA e de Angola, donde resultassem benefícios mútuos. (Pág. 145)
NOTA DO AUTOR
Editor: Edições Colibri
Edição: 2022
Autor: António Belo
ISBN: 9789895660384
Encadernação | Capa mole |
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N.º de páginas | 564 |
Dimensões | 15,9 x 23,1 x 2,6 cm |